segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Deusa Freya
Freya é a Deusa-Mãe da dinastia dos Vanir na mitologia nórdica, que é o clã dos deuses mais antigos. Filha de Njörd (Deus do Mar) e de Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), mas algumas versões dizem que ela é filha de Nerthus deusa da Terra com Njörd. Freya é a Deusa regente da riqueza, do amor, da luxúria, da beleza, da fertilidade, da guerra, da morte, da magia, da adivinhação, da música e das flores sendo também a líder das Valquírias e protetora do matrimônio e dos recém-nascidos. Seu irmão gêmeo é Frey que também é um deus da fertilidade e considerado consorte da deusa Freya formando um casal divino, mesmo já havendo lendas que digam que ela é casada com um deus chamado Odur. Na tradição germânica, Freya e outros dois vanirs (deuses da fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses da guerra) como símbolo da paz e amizade criada depois de uma guerra, ela foi cedida junto com o pai e o irmão gêmeo ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses após uma guerra.
Freya é representada como uma mulher de cabelos loiros e olhos claros, estatura baixa e rosto com sardas e pele bem clara, algumas representações dela esta usando armas, sempre esta com seu manto de penas de falcão (algumas versões são de Cisnei) e luvas de pele de gato trazendo sempre em seu pescoço o colar mágico Brinsingamen feito de ouro e âmbar que é o simbolo da deusa da Terra, da Fertilidade, da Lua Cheia e era capaz de equilibrar Jormungan "a serpente de Midgard" além de ter o dom de fazer desaparecer todos os sentimentos negativos e dolorosos. Como Deusa da Beleza, Freya, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar.
Quando a Deusa viu o colar pela primeira vez, decidiu que este deveria ser seu, mas os gnomos não queriam vende-lo. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. O que ela fez sem hesitar para conseguir o Colar. Uma das lendas diz que o colar Brinsingamen se rompeu apenas uma vez, por ira da Deusa, ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.
Freya também tem um manto de penas de falcão com o qual poderia tomar a forma de um passaro que lhe permitia viajar pelos mundos e retornar com profecias. A Deusa Freya possuia a habilidade mágica de mudar de forma, essa habilidade mágica chamada seidr é uma técnica mágica de natureza xamânica que envolve o transe, a transmutação, a cura, a magia sexual, a advinhação, e a viagem do corpo astral. A técnica do seidr era praticada pelas sacerdotisas de Freya "as Volvas", estas sacerdotizas apesar de terem muitos amantes, não costumavam se casar, eram livres e não pertenciam a nenhum homem, tal qual as hieródulas gregas e as sacerdotizas de Inana, Ishtar e Asherah. Como Deusa da magia e da adivinhação, Ela ensinou os segredos das runas ao Deus Odin e foi quem iniciou o Deus nas Artes Mágicas Seidr. A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia. Freya também foi considerada como uma grande fiandeira na antiguidade tecendo também linhas do destino. Algumas lendas afirmam que Freya também tinha uma suposta paixão pelo Deus Loki, o deus do fogo.
Uma de suas lendas lembra a procura de Ísis por Osíris. Este mito relata que Freya era casada com Odur, (Od ou Odr uma possível variação de Odin) o símbolo do Sol de verão, também considerado um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo acreditava que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, enquanto Odur estava ao seu lado, Freya estava sorridente e era completamente feliz.
O casal tinha duas filhas Hnoss ("Tesouro") e Gersemi ("Jóia"), essas donzelas eram tão lindas que seus nomes eram dados a todas as coisas bonitas.
Porém, um dia estando entediado, Odur resolveu abandonar seu lar subitamente e se dedicou a viajar pelo mundo, deixando Freya muito infeliz, sem entender o que teria acontecido com ele, sentindo-se profundamente triste ela derrama lágrimas sobre a Terra, estas ao caírem sobre o solo transformam-se em ouro e ao caírem sobre o mar transformam-se em âmbar. A Deusa resolve então procurar seu marido o Deus Odur, Ela anda por todos os lugares procurando o marido sem conseguir encontra-lo. Resolve então viajar pelos Nove Mundos.
Depois de uma longa busca, Ela finalmente encontra Odur sentado debaixo de uma laranjeira florida, árvore símbolo dos apaixonados, meditando contemplando o silêncio. Quando ele avista Freya seus olhos se iluminam de alegria, após o reencontro, o feliz casal retorna para Asgard, a morada dos Deuses.
Por causa da felicidade de Freya as ervas voltaram a crescer verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza rejubilava-se com a alegria de Freya como também se afligia quando esta se encontrava triste.
Como Deusa da guerra, Freya compartilhava os mortos de guerra com Odin e comandava as Valquírias nos campos de batalha, metade dos homens e todas as mulheres mortos no campo de batalha iriam para seu salão Sessrumnir (”muitos salões”) na planície de Folvangr (”campo de batalha”). Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freya. Como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freya podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin. Ela também recebia as almas das mulheres solteiras e das esposas dos guerreiros que ela recolhia as almas, para que estas ficassem junto de seus maridos e amantes. Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados. Freya é portanto uma Deusa da vida e da morte.
Freya também é considerada deusa dos Gatos e de todos os felinos, tinha uma carruagem que era puxada por seus dois Gatos mágicos chamados de Tregul ("ouro da árvore", mel) e Bygul ("ouro de abelha", âmbar), mas ela também possui um javali de batalha (Hildisvini) o qual ela cavalga muitas vezes sobre os campos de batalha recolhendo com suas Valquírias as almas dos guerreiros valorossos.
Outros nomes: Frija, Frowe, Frea, Fro, Vanadis, Vanabrudr, Mardöll, Hörn, Syr, Gefn - “A Senhora”
Elementos: Fogo, água e terra.
Animais totêmicos: Gato, falcão, porca, lince, felinos, cisne, cuco, aves de rapina, doninha, javali (considerado a metamorfose do seu amante Ottar), joaninha (”lady’s bug“).
Cores: Dourado, verde, vermelho-escuro.
Árvore: Sabugueiro, giesta, maciera, cerejeira, sorveira, tília.
Plantas: Avenca, catnip (espécie de valeriana), lady’s slipper (”sapato-de-vênus”), rosa vermelha, lágrimas-de-nossa-senhora, madrágora, verbena.
Pedras: Âmbar, olho-de-gato e de falcão, pedra-de-sol, esmeralda, calcopirita, granada, safira, azeviche (chamado de “âmbar negro”).
Metais: Ouro, cobre.
Dia da semana: Sexta-feira (Freitag ou Friday, dia de Freya). Este dia consagrado a Freya pode ser utilizado para trabalhos de amor, sexo e magia.
Datas de celebração: 08/01, 19-30/04, 25/06, 28/08, 15-31/10, 27/12.
Símbolos: O colar mágico Brisingamen, o manto de penas de falcão, as luvas de pele de gato, gnomos, carruagem solar, o ciclo das estações (símbolo da busca por seu marido Odr), jóias (de ouro e âmbar), mel, veludo, linho, seda, formas de coração, caldeirão, as estrelas Vega e Spica.
Atributos: Representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar. Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem. Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação). Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas. Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher”. Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário