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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Hécate - Texto completo



                    A Deusa Hécate é vista como filha dos titãs Perses, Deus da destruição, e Astéria uma deusa estelar e irmã de Leto, os quais os filhos são Ártemis e Apolo. A Avó de Hécate era Febe, considerada uma das primeiras deusas da Lua que os gregos conheceram. Há quem diga que Hécate seria uma reaparição de Febe, como deusa lunar que se manifesta na lua escura.Outras tradições dizem que Hécate é irmã de Erebo e de Nix.
                    O nome de Hécate tem vários significados possíveis como "Aquela que trabalha conforme sua vontade" ou "A mais brilhante" e também "A Distante", embora também se atribua a palavra egípcia Hekat que significa "Todo o Poder", já que supostamente Hécate teria se originado de mitos do sudoeste asiático e depois incorporado de fato pelos gregos.

                    Sua presença é sentida nas três fases lunares: A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo da Mãe. E a Lua Crescente revela seu aspecto luminoso. É preciso morrer para renascer.
Também há uma projeção com Ártemis, pois a luz pressupõe a sombra. O lado visível da Lua, o lado de Ártemis, que reflete a vida em pleno vigor, pressupõe o lado de Hécate, o lado oculto da lua, o lado da sombra e da morte; a polaridade negativa, o impedimento para a realização, o lado inconsciente. O perigo que pode ocorrer quando esse lado sombrio se constela é o de que a energia psíquica seja posta a serviço da morte e da doença.

                    Hécate, Rainha da Noite, como a chama a poetisa Safo, leva uma diadema brilhante e duas tochas ardentes nas mãos, olhos resplandecentes da escuridão. Talvez se trate de uma imagem da intuição que presente à forma das coisas, mas que todavia, é invisível. Isso explicaria por que, junto com Hermes, é guardiã das encruzilhadas, onde não se sabe qual é a direção “correta”. Nesses locais, os gregos podiam encontrar-se com facilidade com Hécate, razão por que os consideravam sagrados, erguendo aí com frequência estátuas tricéfalas chamadas Hecatéias. Também deixavam oferendas do seu alimento ritual, o “almoço de Hécate”, nessas encruzilhadas durante seus festivais especiais. Seus companheiros eram os cães. Nos lembra o chacal Anubis do submundo egípcio, que podia distinguir o bom do mal, e o Cérbero, o cão de três cabeças que guardava as portas do submundo da antiga Grécia.

                    Ela também nos revela, os caminhos mais escondidos e secretos do inconsciente, os sonhos guardados, o lado dos desejos mais ocultos. A Lua Crescente, com suas fases clara e escura, também nos sugere esse domínio do feminino.O lado de Hécate ainda, traz um potencial para a fertilização, desde que seja encaminhado para este fim. A doença pode ser uma via para a saúde e a morte para servir de adubo para a vida.

                    Hécate é a Deusa que pode conduzir aos caminhos mais difíceis e perigosos, aos abismos e às encruzilhadas da própria psique. A sua função é de guia dentro do reino oculto da alma.

                    No Submundo, Hécate é a carcereira e condutora das almas, a Pritânia, a “Rainha Invisível” dos Mortos. As almas tendo passado por Cérbero, o cão tricéfalo, e sido julgadas pelos três Juízes dos Mortos, devem chegar às encruzilhadas tríplices do Inferno. Nesse ponto, Hécate envia ao reino para o qual foram julgadas adequadas: para as campinas do Asfódelo, para o Tártaro ou para os Campos Elíseos.
Como aspecto de Deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas das mãos e as solas dos pés com hena.

                    Os três símbolos sagrados de Hécate são: a Chave, por ser ela carcereira do Mundo Inferior; o Chicote, que revela o seu lado punitivo e seu papel de condutora das almas; e o Punhal, símbolo de seu poder espiritual, que mais tarde tornou-se o Athame das bruxas.

                    Todos os animais selvagens eram consagrados à Hécate e por isso, foi mostrada muitas vezes com três cabeças de animais: o cão, a serpente e o leão, ou alternadamente, o cão, o cavalo e o urso. Seus animais mais conhecidos são entretanto, o cão e o lobo. O cipreste era a árvore sagrada da Deusa.

                    A Deusa Hécate era uma deidade de muitos títulos e nomes. Era chamada de “A Mais Amável”, “Rainha do Mundo dos Espíritos”, “A Megera dos Mortos”, “Deusa da Bruxaria” Especialmente para os trácios, Hécate era a Deusa da Lua, das horas de escuridão e do Mundo Inferior.

Como Propylaia (Aquela que fica na frente do Portão), Hécate oferecia proteção contra o mal. Neste aspecto seu culto era realizado no portão da entrada, lugar onde eram colocadas as estátuas em sua homenagem.

Como Propolos (A Criada que Conduz), Hécate servia como guia de outras deidades. Exemplo deste fato, se dá quando ela conduz Deméter ao Mundo Inferior, para resgatar Perséfone das mãos de Hades.

Como Phophoros (Aquela que traz Luz) ela é portadora de duas tochas, que servem para iluminar o caminho em busca de nosso sombrio inconsciente.

Como Kourotrophos (Aquela que cuida das Crianças), Hécate estava associada às parteiras e era responsável pelo nascimento, já que os poderes que dão vida, também acarretam a morte.

Como Chthonia, ela está associada aos poderes da prática de magia, relacionando- se com outros deuses da Terra, como Hermes e Perséfone, no seu aspecto de Deusa-Anciã, Senhora do Mundo Inferior. Era Hécate a guardiã de Cérbero, o cão de Hades, o qual todas as almas deveriam enfrentar ao cruzar os portões do Submundo.

Seus Deuses companheiros eram Thanatos (Morte), Hypnos (Sono) e Morfeu (Sonhos).

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