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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Hino à Hécate - Origens


                     Este é outro Hino dedicado a Hécate que eu encontrei fuçando uns arquivos que me foram enviados por uma amiga, diferente do Órfico, este relata a linhagem a qual ela pertence, seu nascimento e como esta Deusa foi recebida pelos outros Deuses no Olimpo. Infelizmente não encontrei a fonte deste Hino e batendo na google encontrei vários blogs com ele, mas sem uma precisão de suas origens. Mas a leitura vale a pena, já que é um relato rico sobre esta Deusa.

Hino à Hécate

Febe entrou no amoroso leito de Coios
e fecundou a Deusa o Deus em amor,
ela gerou Leto de negro véu, a sempre doce,
boa aos homens e aos Deuses imortais,
doce dês o começo, a mais suave no Olimpo.
Gerou Astéria de propício nome, que Perses
conduziu um dia a seu palácio e desposou,
e fecundada pariu Hécate a quem mais
Zeus Cronida honrou e concedeu esplêndidos dons,
ter parte na terra e no mar infecundo.
Ela também do Céu constelado partilhou a honra
e é muito honrada entre os Deuses imortais.
Hoje ainda, se algum homem sobre a terra
com belos sacrifícios conforme os ritos propicia
e invoca Hécate, muita honra o acompanha
facilmente, a quem a Deusa propensa acolhe a prece;
e torna-o opulento, porque ela tem força.
De quantos nasceram da Terra e do Céu
e receberam honra, de todos obteve um lote;
nem o Cronida violou nem a despojou
do que recebeu entre os antigos Deuses Titãs,
e ela tem como primeiro no começo houve a partilha.
Nem porque filha única menos partilhou de honra
e de privilégio na terra e no céu e no mar
mas ainda mais, porque honra-a Zeus.
A quem quer, grandemente dá auxílio e ajuda,
no tribunal senta-se junto aos reis venerandos,
na assembléia entre o povo distingue a quem quer,
e quando se armam para o combate homicida
os homens, aí a Deusa assiste a quem quer
e propícia concede vitória e oferece-lhe glória.
Diligente quando os homens lutam nos jogos
aí também a Deusa lhe dá auxílio e ajuda,
e vencendo pela força e vigor, leva belo prêmio
facilmente, com alegria, e aos pais dá a glória.
Diligente entre os cavaleiros assiste a quem quer,
e aos que lavram o mar de ínvios caminhos
e suplicam a Hécate e ao troante Treme-terra,
fácil a gloriosa Deusa concede muita pesca
ou surge e arranca-a, se o quer no seu ânimo.
Diligente no estábulo com Hermes aumenta
o rebanho de bois e a larga tropa de cabras
e a de ovelhas lanosas, se o quer no seu ânimo,
de poucos avoluma-os e de muitos faz menores.
Assim, apesar de ser a única filha de sua mãe,
entre imortais é honrada com todos os privilégios.
O Cronida a fez nutriz de jovens que depois dela
com os olhos viram a luz da multividente Aurora.
Assim dês o começo é nutriz de jovens e estas as honras.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Loki - O Astuto


                     Filho dos gigantes Faubarti e Laufey, foi irmão de criação de Odin, não pertence aos Aesir mesmo vivendo com eles. Com sua amante, a giganta Angrboda (Portadora do Sofrimento) teve três filhos, sendo estes Jormungand (a serpente de Midgard), o pavoroso lobo Fenrir e Hel (a Morte) e também outros dois filhos com sua esposa Sigyn, Vali e Navi.
                     Loki é o deus do fogo (e em algumas fontes também do Ar), das trapaças, dos ladrões, das travessuras e é ligado a magia, mas também pode ser considerado como o deus das transformações. Ele costuma ser descrito como sendo um homem bonito e jovem e tem o poder de metamorfosear-se no que ele quiser, seja homem, mulher ou animal (ele só não pode tomar a forma de aves e por isso recorre a Freya nesses momentos).
                     É frequentemente considerado um símbolo da maldade, traição e desconfiança. Mas sendo o Deus mais complexo da mitologia nórdica, Loki abrange muito mais do que pontos negativos, ele é o confrontador dos deuses, o agente que dá dinamismo a quase todas as sagas dos deuses - às vezes, ele é o causador dos desastres, às vezes ele é o salvador, outras é quem causa os conflitos e depois age como diplomata, muitas vezes, o conselheiro. Loki é um deus imprevisível, ele mente descaradamente, mas também diz verdades absolutas, ele não segue regras ou padrões, a única lei que ele segue é a lei dele mesmo.
                     Mas todas as ações de Loki, maldosas ou não, convergem no final ao beneficio geral e dos deuses,o que deixa ainda mais em evidencia como ele é o deus das transformações, pois sem ele não haveria mudanças, nem retrocessos e nem crescimentos, tudo ficaria estagnado e sem Loki, não haveria o Ragnarok. Ele é influente em praticamente todas as lendas nórdicas e esta sempre presente.
                     As referências a Loki estão no Edda em verso, compilado no século XIII a partir de fontes tradicionais, no Edda em prosa e no Heimskringla, escrito no século XIII por Snorri Sturluson. Ele também aparece nos Poemas rúnicos, a poesia dos escaldos, e no folclore escandinavo e o compositor Richard Wagner apresentou o personagem com o nome germânico Loge em sua tetralogia de óperas Der Ring des Nibelungen. No Edda em verso, Loki aparece nos poemas Völuspá, Lokasenna, Þrymskviða, Reginsmál, Baldrs draumar e Hyndluljóð, seja apenas citado ou parte relevante do texto.

                     Futuramente colocarei sobre o Edda em Verso para complementar as informações sobre este Deus, já que o que temos aqui é apenas um resumo das suas caracteristicas principais, e não seu envolvimento na cultura nórdica em si. Uma versão do Þrymskviða já foi publicado aqui no blog sobre o nome de O Desaparecimento de Miollnir.

Nomes e títulos: Loptr, Lothur, O Astuto, O Embusteiro, O Viajante dos Céus.
Símbolos: O Cavalo e o Fogo
Oferendas: Bebidas como uísque, gin e hidromel, coisas que te alegrem/façam rir, coisas opostas ou que representem transformações, fogo.
Dia e mês: não tem
Estrela: Sirius

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Hino à Ísis

 

Hino à Ísis

Porque sou eu a primeira e a última
Eu sou a venerada e a desprezada
Eu sou a prostituta e a santa
Eu sou a esposa e a virgem
Eu sou a mãe e a filha
Eu sou os braços da minha mãe
Eu sou estéril, e os meus filhos são numerosos
Eu sou a bem casada e a solteira
Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou
Eu sou a consolação das dores de parto
Eu sou a esposa e o esposo
E foi o meu homem quem me criou
Eu sou a mãe do meu pai
Sou a irmã do meu marido
E ele é meu filho rejeitado
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a magnífica


                              - Hino a Ísis, século III ou IV (?), descoberto em Nag Hammadi

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Lenda de Kuan Yin


A Ultima encarnação da bodhisattva Kuan Yin se chamava Miao Shan. Ela era a terceira filha, de um Rei. As lendas contam que quando ela nasceu, a terra tremeu, pétalas de flores invadiram o quarto e uma doce fragrância se espalhou por todo o reino, oque foi interpretado, como um sinal de que havia nascido alguém Divino.

Infelizmente, de posse dessa informação, o Rei e a Rainha se tornaram gananciosos e assim que ela cresceu, tentaram arranjar-lhe casamento.

A Jovem Miao Shan, que possuía um coração muito bondoso e doce, se recusou a se casar com o pretendente que era muito rico e possuia muitas terras. Ela, desejava entrar para o monastério, e dedicar a sua vida aos trabalhos divinos. Depois do Rei insistir muito, ela concordou em se casar, desde que o rei respondesse a ela três perguntas.

"Poderá ele, aliviar o sofrimento daqueles que envelhecem?"
 O rei respondeu que não.

"Poderá ele, aliviar o sofrimento daqueles que adoecem?"
 O rei respondeu que não.

"Poderá ele, aliviar o sofrimento causado pela morte?"
E mais uma vez o rei respondeu que não.

Texto - Dedicação a Gaia


                     Este texto esta nos meus arquivos de backup a pelo menos uns 3 anos, é um dos raros textos que conseguem me tocar fundo toda vez que leio e passa uma visão profunda ao amor que dedicamos a Mãe, em minha opinião. Mas infelizmente já faz um bom tempo que eu perdi o link do blog do qual eu peguei este texto, então se alguem souber a origem por favor me passe o link para eu creditar.

                     Acredito que muitos vão ter muito o que pensar e refletir ao fim da leitura deste texto, eu mesma fiquei várias horas refletindo sobre ele, pois além da mensagem de amor a E'la existe a mensagem de amor a nós mesmos, como nos vemos e nos portamos diante do mundo sobre nós. Afinal de contas, somos uma manifestação da Propriá Deusa e somos perfeitos a nossa maneira!


~*~*~*~

Dedicação para Gaia

© 1997 by Allegra Brillante.


                     Um dia, eu acordei tarde e mal tive tempo de tomar banho e me vestir antes de passar correndo pela porta. E, quando parei na varanda, reverenciando o nascer do sol ou vendo o vento correr por entre as árvores, eu senti a presença de Gaia. Ela apareceu para mim grandiosa e sorridente, seus quadris se movendo em um ritmo que uma vez eu conheci, mas há tempos não conseguia ouvir direito. Eu reconheci pela primeira vez em meses a alegria e a beleza que existiam na criação da Senhora. Ela ficou parada na minha frente, os seios tremendo de indignação, e demandou saber:
    "Filha, você me ama?"

Eu respondi prontamente:
    "Mas claro, Mãe! Você é o que cuida do meu Sustento e me dá vida."

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Deusa Freya




                    Freya é a Deusa-Mãe da dinastia dos Vanir na mitologia nórdica, que é o clã dos deuses mais antigos. Filha de Njörd (Deus do Mar) e de Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), mas algumas versões dizem que ela é filha de Nerthus deusa da Terra com Njörd. Freya é a Deusa regente da riqueza, do amor, da luxúria, da beleza, da fertilidade, da guerra, da morte, da magia, da adivinhação, da música e das flores sendo também a líder das Valquírias e protetora do matrimônio e dos recém-nascidos. Seu irmão gêmeo é Frey que também é um deus da fertilidade e considerado consorte da deusa Freya formando um casal divino, mesmo já havendo lendas que digam que ela é casada com um deus chamado Odur. Na tradição germânica, Freya e outros dois vanirs (deuses da fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses da guerra) como símbolo da paz e amizade criada depois de uma guerra, ela foi cedida junto com o pai e o irmão gêmeo ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses após uma guerra.
                    Freya é representada como uma mulher de cabelos loiros e olhos claros, estatura baixa e rosto com sardas e pele bem clara, algumas representações dela esta usando armas, sempre esta com seu manto de penas de falcão (algumas versões são de Cisnei) e luvas de pele de gato trazendo sempre em seu pescoço o colar mágico Brinsingamen feito de ouro e âmbar que é o simbolo da deusa da Terra, da Fertilidade, da Lua Cheia e era capaz de equilibrar Jormungan "a serpente de Midgard" além de ter o dom de fazer desaparecer todos os sentimentos negativos e dolorosos. Como Deusa da Beleza, Freya, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar.
Quando a Deusa viu o colar pela primeira vez, decidiu que este deveria ser seu, mas os gnomos não queriam vende-lo. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. O que ela fez sem hesitar para conseguir o Colar. Uma das lendas diz que o colar Brinsingamen se rompeu apenas uma vez, por ira da Deusa, ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.
                    Freya também tem um manto de penas de falcão com o qual poderia tomar a forma de um passaro que lhe permitia viajar pelos mundos e retornar com profecias. A Deusa Freya possuia a habilidade mágica de mudar de forma, essa habilidade mágica chamada seidr é uma técnica mágica de natureza xamânica que envolve o transe, a transmutação, a cura, a magia sexual, a advinhação, e a viagem do corpo astral. A técnica do seidr era praticada pelas sacerdotisas de Freya "as Volvas", estas sacerdotizas apesar de terem muitos amantes, não costumavam se casar, eram livres e não pertenciam a nenhum homem, tal qual as hieródulas gregas e as sacerdotizas de Inana, Ishtar e Asherah. Como Deusa da magia e da adivinhação, Ela ensinou os segredos das runas ao Deus Odin e foi quem iniciou o Deus nas Artes Mágicas Seidr. A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia. Freya também foi considerada como uma grande fiandeira na antiguidade tecendo também linhas do destino. Algumas lendas afirmam que Freya também tinha uma suposta paixão pelo Deus Loki, o deus do fogo.

Deus Janus - O Senhor dos Portais

                     Janus, ou também nomeado como Jano, é um Deus de origem pré-latina e muito cultuado pelos romanos, ele é um Deus que representa a dualidade, é o porteiro celestial, Deus das Portas e Portais como também e das entradas, Senhor do sol e do dia, das indecisões e representante dos terminios e dos começos, passado e futuro e das transições. Seu mês é Janeiro, o primeiro mês do ano o qual leva seu nome, é um mês que tem em si um pouco do passado e a promessa do futuro que o inicio do ano marca. Ele era considerado o Pai dos Deuses e é dito que foi o primeiro Deus a ser cultuado em cerimônia em Roma antes dos deuses gregos serem introduzidos as crenças romanas, e assim, Janus passando a ser considerando um Deus Menor.
                     As lendas contam que Janus era um homem mortal que nasceu na Tessália que se localiza na Grécia e ao se mudar para o Lácio, casou-se com a rainha e assim dividindo o reino. Após a morte de sua esposa, Janus  passou a governar sozinho todo o território e dedicou seu governo as transformações, desenvolvimentos científicos, criação de leis, aprimoramento do cultivo e as primeiras moedas correntes, muitas mudanças foram implementadas durante seu reinado trazendo para o Lácio um período de paz e prosperidade nunca visto antes. Ao morrer, Janus recebeu o status de Deus, devido à sua vida dedicada às transformações, adquirindo assim a dualidade do deus das transições, olhando tanto para o passado como para o futuro.

Hino de Consagração à Eros

Hino de Consagração à Eros

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor, te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor, te deixa fanático.
A religião sem amor se converte em tortura.


- Hesíodo, século VIII a.C.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Prece a Deusa Danna



                     Continuando a re-postagem de coisas interessantes, a algum tempo no meu FaceBook eu havia postado esta prece a Danna, Deusa Mãe de todos os Deuses e humanos, Divindade suprema do Panteão Celta. Fuçando a internet encontrei por ventura a versão original desta prece em Irlandês e me lembrei desta tradução que eu havia encontrado no blog A Casa do Mago, agora eu fico devedendo também uma postagem completa sobre esta Deusa magnifica, mas isto, é algo para outro dia.

 Prece a Deusa Danna

Danna dos mares revoltos
Da luz refletindo nas águas
Nos permita caminhar pelos vãos sagrados do ar
Nos brinde com sua sabedoria

Me permita sonhar com o futuro
Me permita enxergar os lugares obscuros
Onde apenas tua luz consegue alcançar

Senhora Mãe dos Deuses
Esteja comigo desde o meu despertar
Me ajude a caminhar pelos caminhos
Que os Deuses tecem desde sempre
Me ajude a ser calma diante das indignações
Me ajude a ser fiel a sequência natural de todas as coisas
Me ajude a ser pensante diante das inquietações

Traga a alegria da vida para todas as coisas vivas
Traga a beleza de ser filhos de teu abençoado ventre
E receba meu agradecimento a cada por do sol
Onde a escuridão se curva diante de tua infinita luz
Eu danço em teu nome para celebrar o teu reino
Eu festejo a luz que me orienta e guia
Eu celebro o teu nome Danna dos Tuatha dé Dannan


Prece a Deusa Danna em Irlandês

Danna, farraigí stoirmiúil
An solas a léiríonn in uiscí
Ar ár gcumas chun siúl tríd an aer bearnaí naofa
Tósta dúinn lena eagna

Ceadaigh dom an aisling mar gheall ar an todhchaí
Lig dom a fheiceáil ar an áit dorcha
amháin nuair is féidir le do solas teacht ar

Máthair Mhuire na Déithe
Bí liom ó mo mhúscailt
Cabhrú liom ag siúl na cosáin
go bhfuil Dia i gcónaí weave
Cabhrú liom a bheith socair in aghaidh fheillbhirt
Cabhrú liom bheith dílis an t-ord nádúrtha de gach rud
Cabhrú liom a bheith ag smaoineamh in aghaidh imní

Tabhair an-áthas an tsaoil do gach ní beo
Beir ar an áilleacht na leanaí a bheith beannaithe do bhroinne
Agus mo bhuíochas a fháil do gach luí na gréine
I gcás ina bogha dorchadas roimh do bhfianaise gan teorainn
Damhsa mé chun ceiliúradh a dhéanamh i d'ainm, do ríocht
Raibh mé in ann ceiliúradh a dhéanamh ar an bhfianaise a threoraíonn dom agus treoir
Ceiliúradh a dhéanamh liom do Danna ainm na Tuatha Dé Danann!



Abençoados Sejam.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Hino Órfico à Hécate


                    Navegando net a fora em busca de informações sobre Palas Athena, ou livros com informações solidas sobre esta Deusa, acabei me deparando com este Hino à Hécate. Achei ele simplesmente lindo e logo fui atrás do original, mas só encontrei em inglês. Observei que a versão em português tem grandes diferenças da em inglês... mas mesmo assim ambas são lindas.


Hino Órfico à Hécate

Hécate, a Bela, a ti invoco:
Você, dos caminhos e encruzilhadas,
dos Céus, da Terra e de todos os mares.
Você, vestida de açafrão, entre os túmulos,
dançando os ritos de Baco com as almas dos mortos.
Você, filha de Perses, amante da desolação,
divertindo-se com cervos e cães, na noite escura.
Você, Rainha terrível! Devoradora das bestas!
Inconquistável, possuída por uma forma inatingível!
Você, caçadora das feras, soberana Imperatriz universal:
Você, guia dos caminhos das montanhas, e noiva, e curandeira,
eu suplico, ó donzela, a sua presença nesses ritos sagrados,
com graça e um coração eternamente alegre.
Hécate,
Toda a vida e todos os frutos da terra são seus,
Tudo foi e é gerado pelo seu útero, ó Grande mãe de três faces.
Sua é a dança da prosperidade e Você é nossa fortaleza.
Deusa Hécate eu Te agradeço por suas bênçãos e pela abundância.
Junte-se à mim, festeje e divirta-se comigo.
Abençoados Sejamos!
Obrigada Ó Hécate! Mãe da Escuridão, que clareia nossos caminhos! 



Hymn to Hekatê

    Hekatê of the Path, I invoke Thee, Lovely Lady of the Triple Crossroads,
    Celestial, Chthonian, and Marine One, Lady of the Saffron Robe.
    Sepulchral One, celebrating the Bakchic Mysteries among the Souls of the Dead,
    Daughter of Persês, Lover of Solitude, rejoicing in deer.
    Nocturnal One, Lady of the Dogs, invincible Queen.
    She of the Cry of the Beast, Ungirt One, having an irresistible Form.
    Bullherder, Keeper of the Keys of All the Universe, Mistress,
    Guide, Bride, Nurturer of Youths, Mountain Wanderer.
    I pray Thee, Maiden, to be present at our hallowed rites of initiation,
    Always bestowing Thy graciousness upon the Boukolos.

Original Text: Orphic Hymn, Translation by Adam Forrest


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Desaparecimento de Miollnir - Conto Nórdico


                    A alguns anos um velho amigo meu, com o qual eu perdi contato infelizmente, que compartilhava a mesma paixão por mitologia e história antiga comprou um livro que ambos estávamos a meses secando nas pratilheiras da Saraiva que se chamava As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica de A. S. Franchini  e Carmen Seganfredo.
                     Como ele morava um bocado longe da Capital de São Paulo não tinha como me emprestar o livro, mas teve o trabalho de digitar a mão algumas lendas do livro que eu escolhi para que eu pudesse ler elas, na epoca achar estas coisas na internet não era tão fácil, os e-books ainda estavam começando a ficarem mais populares. Uma das lendas que eu mais gostei sem duvida foi O Desaparecimento de Miollnir, o qual contava como Loki astutamente recupera o martelo de Thor e ainda consegue tirar um sarro com o Deus do Trovão e que mais tarde um professor meu que era desenhista, inspirado pela historia fez uma ilustração do Thor disfarçado de Freya (que pena que não tenho o scan...).
                     O Caso foi que eu realmente achei a narração do livro um tanto porquinha, não era a historia escrita fielmente e sim uma releitura dos autores do livro, então eu pensei "vou fazer uma releitura da releitura", e assim surgiu esse texto que eu publiquei inicialmente no Nyah! Fanfiction e que hoje eu dei de cara por acaso e fui tomada por uma nostalgia, depois de reler achei interessante publicar o texto aqui.

Sexta Feira 13 - Poema para Hécate






                    Hoje é uma das poucas sexta-feiras 13 de 2012 e o mais interessante de tudo é que caiu logo em Janeiro! Muitos consideram este dia como um dia de azar, já eu, vejo como um dia que representa as aberturas de novos caminhos, pois ele pertence a Deusa grega Hécate, Senhora dos Caminhos. E este conceito para mim esta potencializado por ser Janeiro, o mês de Janus (ou Juno) que também é um Deus dos caminhos e escolhas que tanto olha para o passado como para o presente.
                    O dia oficial de Hécate é 13 de Agosto, mas também todas as Sexta-feiras 13 e algumas outras datas especificas que eu pretendo listar futuramente em uma postagem dedicada somente a E'la. O poema logo a seguir é de minha autoria e eu o fiz ano passado no aniversário desta Deusa como uma oferenda para ela e que ia ser recitado durante um ritual que alguns amigos estavam organizando, mas que infelizmente, por causa de alguns contratempos não pude comparecer. Mas aqui esta ele para quem quiser ler.


Hécate Enodia

Hécate senhora dos mistérios antigos,
Da face negra da lua.
Hécate deusa mãe e anciã,
Aquela que guia e resguarda em meio aos caminhos escuros d'alma,
Aquela que ensina aqueles que se dispõem em ouvir seu chamado.
Deusa sábia de mil nomes e títulos,
Amada por aqueles que a conhecem,
Mas temida pelos ignorantes.
Das tochas que iluminam os caminhos no Hades,
A chave que abre todas as possibilidades,
O Athame que todos levamos em teu nome,
Com o qual o circulo sagrado é traçado entre os mundos.
Salve Hécate Enodia!
Sagrado seja este teu dia,
Abençoados sejam os teus filhos.
Salve Deusa tríplice!
Salve Salve Salve!
Hécate Enodia,
Aquela que tudo vê!
- Helela Cruz (2011)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Uma Visão da Lua - Como começar novamente


                    Senti uma necessidade de resetar o blog, retirei todas as postagens antigas, muitas com teor depressivo, e refiz o visual do blog seguindo melhor o sentido do nome dele relacionado a lua.
                    Mas não é apenas o blog que eu 'resetei', acho que neste ultimo semestre um arco da minha vida terminou e agora eu passo pelo período das transições, um pouco turbulentas as vezes, mas renovadoras. Vi que o blog não seguiu seu fim e acabou virando um lugar para eu descarregar o peso, o que em parte aliviava, mas em outro gerava problemas, como os ocorridos com alguns amigos meus que por ventura leram as palavras aqui contidas e tiraram pré julgamentos do conteúdo, gerando alguns embates mais acalorados.
                    Fiz a limpeza e a mudança da aparência do meu espaço virtual, mesmo que ainda não estando completa e faltando refinar alguns detalhes, em seguida defini o que eu quero deste blog. Mas a vontade de escrever não surgiu... pensei em fazer algo em alução a Janeiro e Janus, além da influencia que este deus pré-latino gosta de exercer em minha vida, mas após horas encarando o teclado e me perdendo nisso vi que este texto não sairia sem duras custas e o primeiro texto tinha que vir naturalmente. E ele veio.
                    Por algum motivo eu acordei hoje antes do Sol nascer, a Lua Cheia deste mês passara a alguns dias e eu perdi o Esbath que ia ser realizado no parque do Ibirapuera em São Paulo, eu havia tido um dia cansativo no próprio parque e virar o dia lá até a noite estava fora de cogitação, cheguei em casa nesse dia e fiz uma reverencia simples a mãe celeste, mas realmente não me senti conectada ao momento. Mas hoje foi diferente, acordei como se tivessem me despertado suavemente, levantei e senti uma sensação familiar e achonchegante, uma energia que parecia pulsar a minha volta quase entonando meu nome, convidando-me a ir até onde estava. Foi quase instintivamente que fui até a janela do meu quarto, que da diretamente para o Oeste, e ao abri-la qual não foi a minha surpresa ao ser uma grande e bela Lua já minguante, mas ainda enorme, a primeira coisa na qual meu olhar parou no céu escuro e nublado? Ela era o unico corpo celeste visivel, só a ela as nuvens não encobriram.
                    Logo fui tomada por uma sensação de nostalgia e admiração, sentei-me no beral da janela e fechei os olhos sentindo a energia D'Ela e fiz meu preceito diario, meu quase Esbath atrasado, pois a energia que senti equivalia a um. Quando novamente meus olhos se abriram o Sol já despontava a Leste, e, a bela dama alva havia se retirado, ficando fora do alcanse dos meus olhos e deixando pra trás, em mim, uma sensação de que hoje de fato as coisas entram em curso de mudança, ela me devolveu um pouco da inspiração perdida e iniciou meu dia com energia renovada. E agora eu inicio meu espaço aqui com um desvaneio meu em honra a ela.

                    Abençoados Sejam.
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